Há alguns anos, os dedos de minhas mãos ficaram muito inchados e doloridos. Mesmo as tarefas mais simples, como amarrar o cadarço do sapato ou escovar os dentes, tornaram-se difíceis. Esse problema se prolongou por várias semanas.
Durante esse período, minha família e eu estávamos passando por mudanças significativas em nossas condições de vida. Não eram mudanças ruins, mas a logística e os detalhes a resolver pareciam enormes, e eu estava me sentindo ansioso. Pareceu-me que o problema físico estivesse relacionado com a resistência e inflexibilidade de meu pensamento quanto a essa mudança. Mas, ainda que não fosse, eu estava cansado dessa sensação de ansiedade, e decidi tratar da situação metafisicamente — algo que eu já deveria ter feito muito antes.
Uma noite, quando já estava deitado, orei, começando com a verdade simples, mas profunda, de que eu sou um filho de Deus, o Espírito, e, como tal, sou composto de qualidades espirituais, as quais são todas boas e produtivas. Por ser filho de Deus, eu não poderia me sentir ansioso, estressado nem preocupado, mas, ao contrário, eu tinha o direito de me sentir — aliás, eu não poderia deixar de me sentir — calmo, equilibrado, grato e tendo a expectativa do bem.
Inicialmente, essa ideia me pareceu abstrata — apenas palavras. Mas, conforme eu persistia, começando cada declaração da verdade com a afirmação “Por eu ser um filho de Deus”, o poder espiritual subjacente a essas palavras se fez sentir. Minha ansiedade começou a desaparecer. Dei-me conta de que minha maior preocupação era relacionada com a possibilidade de surgir algum problema imprevisto ou obstáculo, durante a transição de minha família. Mas, logo em seguida a esse pensamento, eu me dei conta de que, mesmo se surgissem dificuldades, eu conseguiria resolvê-las. As ideias corretas me seriam dadas conforme necessário, porque é assim que Deus expressa Seu amor para cada um de nós.
Com esse pensamento, os últimos vestígios de estresse e ansiedade desapareceram, e senti uma calma maravilhosa. Embora minha oração não tivesse especificamente se voltado para a dor nas mãos, tive a certeza de que a dor também tinha de passar, pois, assim como a ansiedade, a dor também não podia fazer parte de mim, por eu ser um filho de Deus. Com esse pensamento, adormeci. Ao despertar, algumas horas depois, a dor e o inchaço nos dedos haviam desaparecido totalmente. E minhas mãos continuaram normais durante o período de transição e depois dele.
Sou profundamente grato porque a Ciência Cristã nos ensina a pensar que nós mesmos, e todos, somos filhos de Deus e que isso não é apenas um sentimento agradável ou uma frase reconfortante, mas — quando aceita — essa ideia é uma verdade poderosa e fundamental que cura.
Bob Cochran
Ashburn, Virginia, EUA
