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Original para a Internet

Focalizar a realidade, não pensar “e se?”

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 5 de fevereiro de 2024


E” e “se” tomadas isoladamente são palavras inócuas. Mas juntas podem levar a pensamentos de preocupação, medo ou arrependimento. Quem nunca se sentiu angustiado ao imaginar coisas como: e se eu perder o emprego? E se eu tivesse saído mais cedo de casa para aquele compromisso? E se eu tivesse aceitado aquele relacionamento? E se amanhã eu não estiver me sentindo bem?

No âmago dessas perguntas negativas, que começam com “e se”, está a crença de que não somos governados por um Deus todo-amoroso, totalmente bom. É a crença de que podemos ser acometidos por algum mal no futuro, ou de que no passado tenhamos perdido alguma oportunidade e consequentemente fomos prejudicados. Ou até mesmo de que tenhamos escapado por pouco de um perigo, mas que talvez não escapemos no futuro.

Uma pergunta do tipo “e se” pode causar ansiedade, culpa ou autocondenação. Ela significa incerteza e, como nunca teremos uma resposta definitiva, fazer essa pergunta só serve para dar início a um processo de mil inseguranças. Ficar pensando no “e se?” nunca faz com que nos sintamos melhor.

Por outro lado, o que cura, conforta e satisfaz é manter em mente “aquilo que é certo” — o que é verdadeiro, o que é bom, o que é poderoso, o que nos governa. Obviamente, o certo é Deus. Como escreve Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã: “Deus é nosso Pai e nossa Mãe, nosso Pastor e o grande Médico; Ele é o único verdadeiro parente do homem, na terra e no céu” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 151).

Em um de seus sermões, a Sra. Eddy disse: “O termo omni do latim, que significa tudo, utilizado como um prefixo inglês para as palavras potência, presença, ciência, significa todo o poder, toda a presença, toda a ciência. Usai essas palavras para definir a Deus, e nada mais resta para a consciência a não ser o Amor, sem começo e sem fim, isto é, o eterno Eu Sou , o Tudo, além do qual nada mais existe” (Mensagem À Igreja Mãe para 1902, p. 7).

Pensar em Deus, o bem, como onipotente, onipresente, onisciente, inverte o roteiro mental do “e se”. Mantendo o foco naquilo que é verdadeiro, em vez de ficar remoendo sobre aquilo que poderia acontecer ou poderia ter acontecido, conseguimos vivenciar o governo de Deus trazendo confiança, orientação e paz a nossos pensamentos e ações.

Certa noite, percorri uma longa distância de carro para visitar uma amiga. Na volta, guiada pelo GPS do carro, acabei passando por estradas muito escuras e para mim desconhecidas. Ao sair em alta velocidade de uma rodovia, de repente me vi na confluência de duas vias em uma única faixa. Havia outro carro vindo pelo outro lado, também em alta velocidade. Ambos paramos a tempo e o outro motorista me deu a preferência. Nada de mal aconteceu, mas fiquei mentalmente abalada e minhas mãos tremiam. Pensamentos do tipo “e se” começaram a se fazer presentes: “E se eu não tivesse parado? E se o outro carro não tivesse parado? E se tivesse ocorrido um acidente?” Como é inútil se perguntar “e se”!

Afastando as imagens perturbadoras de um acidente que por pouco não acontecera, humildemente prestei ouvidos a Deus, em busca das verdades espirituais que precisava manter em mente. Uma passagem do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, me veio ao pensamento: “Os acidentes são desconhecidos para Deus, a Mente imortal, e temos de deixar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo senso apropriado da infalível direção de Deus, e assim trazer à luz a harmonia.

“Sob a Providência divina não pode haver acidentes, pois na perfeição não há lugar para a imperfeição” (p. 424).

Orei com essas ideias até me sentir novamente em paz. Em vez de acreditar no cenário de um quase acidente, lembrei-me da plenitude, da presença, do poder e do amor de Deus. Compreendi que não poderia ter havido um momento sequer em que o filho e a filha de Deus estivessem fora de Seu cuidado e regozijei-me com o fato de que tanto eu como o outro motorista estávamos sãos e salvos. Mantive o pensamento firme naquilo que é fato — que Deus é Tudo-em-tudo, que eu sou Sua filha amada e que tanto eu quanto o outro motorista estivéramos seguindo a orientação de Deus para reduzirmos a velocidade e prestarmos atenção às circunstâncias. O medo e a preocupação foram substituídos pela gratidão e humilde reverência.

Um mês depois, eu seguia por uma rodovia, cantando hinos e louvando a Deus simplesmente por ser Deus — agradecendo ao nosso Pai-Mãe por estar presente, por ser todo-poderoso, por me amar. Pensei em vários versículos da Bíblia, como estes: “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio” (Salmos 91:1, 2). Também orei com passagens inspirativas dos escritos da Sra. Eddy e hinos do Hinário da Ciência Cristã. Sentia-me muito próxima de Deus, muito consciente de Sua presença amorosa e de Seu cuidado.

Ao me aproximar de um cruzamento complicado e muito movimentado, um carro que cruzou minha frente parou de repente, inesperadamente. Em uma situação dessas, meu carro deveria emitir luzes e bips de alerta, mas naquele momento o silêncio fora absoluto. Instantaneamente, fui levada a acelerar e passar para a pista adjacente.

Só depois percebi que os outros carros haviam se movido a tempo para que minha manobra desse certo, e que o que havia acontecido fora a única solução possível para a segurança de todos. Tudo aconteceu tão rápido e sem esforço que, sem dúvida, fora controlado por Deus. Ninguém sequer buzinou! E eu não fiquei abalada. Estava completamente calma e senti muita gratidão. Estar focada naquilo que é fato — minhas jubilosas afirmações da presença, poder, bondade e amor de Deus — não só serviram para proteger a mim e aos outros motoristas, mas também manteve meu pensamento em paz, receptivo e claro.

Sempre que nos sentirmos tentados a fazer perguntas negativas ou assustadoras do tipo “e se”, podemos refutá-las e substituí-las por declarações verdadeiras sobre o que é real, ou seja, que Deus é o Amor e nos governa; que Deus preenche todo espaço; e que cada um de nós está sendo cuidado, está bem e em segurança. Essa atitude fará muito bem a nós mesmos e a qualquer pessoa com quem entrarmos em contato!

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