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Original para a Internet

Espiritualidade: A parte central da cura

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 1º de fevereiro de 2024


Cresci em uma grande família que inclui mais de trinta médicos, mas adquiri uma perspectiva totalmente nova a respeito da terapêutica preventiva e sanadora, quando encontrei a Ciência Cristã. Ao compreender que Deus é o Espírito perfeito, infinito e todo-poderoso, e que o homem é a expressão espiritual perfeita de Deus, passei a compreender que a espiritualidade é a parte central da cura.

Inerente à nossa espiritualidade está o senso espiritual, que o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, define como a “…capacidade consciente e constante de compreender a Deus” (Mary Baker Eddy, p. 209). O senso espiritual nos permite perceber o que é real e verdadeiro. Ele também afirma a presença de Deus como sendo o Espírito infinito, e o poder de Deus como sendo supremo. Desvia o pensamento dos transitórios objetos do senso físico, e o direciona para as ideias do Espírito, que são duradouras; essa mudança de consciência reforma, rejuvenesce, harmoniza e cura.

Nossa espiritualidade é inata, mas não passiva. À medida que exercemos ativamente o senso espiritual, o bem imutável de Deus e do homem é trazido à luz. O resultado natural é uma compreensão mais profunda da realidade e uma saúde melhor, como eu descobri há alguns anos.

Na ocasião, fiquei preocupada com uma sensação constante nas pernas. A tentação de coçar era muitas vezes irresistível, mas coçar não diminuía aquela sensação. Eu orava diariamente, identificando-me como filha perfeita de Deus, criada à Sua imagem e semelhança, livre de doenças. Mas a sensação persistia, e durante vários meses me vi mergulhada no que parecia ser um ciclo fútil de orar, sucumbir à coceira e orar. Quando cheguei ao ponto de não suportar nada que tocasse minhas pernas e de não poder usar calças compridas, percebi que precisava buscar uma solução de maneira mais profunda.

O mais intrigante era o fato de que as pernas não mostravam sinais visíveis do problema. Era como se este não existisse fisicamente, exceto em minha mente. Ocorreu-me o pensamento de “examinar profundamente o que é real”. Reconheci que aquela frase vinha de uma declaração que consta em Ciência e Saúde: “Temos de examinar profundamente o que é real, em vez de aceitar apenas o senso exterior das coisas” (p. 129). Portanto, comecei a me aprofundar mais na Bíblia e nos escritos da Sra. Eddy, a fim de explorar o que eles ensinam a respeito da realidade. Eu sabia que, por meio da oração e de uma compreensão mais profunda de minha verdadeira identidade espiritual, eu poderia superar aquele problema.

A Ciência Cristã revela que a matéria é o estado subjetivo da mente mortal — a falsa crença de uma mente separada de Deus. Esta sentença em Ciência e Saúde me tocou profundamente: “Toda suposta informação que venha do corpo ou da matéria inerte, como se estes fossem inteligentes, é uma ilusão da mente mortal — um de seus sonhos” (pp. 385–386). Concluí que a realidade é espiritual, não material, e que devo abordar a doença como um fenômeno em meu pensamento e não como uma evolução de algo em meu corpo.

O Antigo Testamento nos conta que Deus, certa vez, instruiu Moisés a lançar à terra seu bordão de pastor, o qual se transformou em uma serpente; em seguida, Deus ordenou ao assustado Moisés que agarrasse a serpente pela cauda. Quando ele fez isso, a serpente voltou a ser um bordão. Em seguida, Deus disse a Moisés para colocar a mão no peito dentro do manto e, quando ele a retirou, a mão estava leprosa. Quando Moisés seguiu a ordem de Deus de repetir o processo, a lepra desapareceu (ver Êxodo 4:2–7). Assim Moisés aprendeu a não confiar nas aparências. Ele também constatou a supremacia de Deus, que dá ao homem domínio sobre a matéria, a doença e o medo.

O Novo Testamento mostra que Jesus desconsiderava inteiramente a matéria e suas aparentes leis, ao curar as inúmeras doenças daqueles que o procuravam em busca de ajuda. Ele não se preocupava com os sintomas e nunca dava um diagnóstico ou um prognóstico físico. Em vez disso, ele se voltava a Deus e curava graças à sua clara percepção espiritual a respeito do homem perfeito e espiritual da criação divina. A evidência física não impressionava Jesus, nem o impedia de manter uma perspectiva espiritual.

A Sra. Eddy também procurava olhar para além das imagens que os sentidos materiais apresentavam. Ela concluiu: “Os cinco sentidos físicos são as vias e os instrumentos do erro humano e correspondem ao erro” (Ciência e Saúde, pp. 293–294). Ela reconhecia que os cinco sentidos físicos não testificam a respeito da criação de Deus; somente o senso espiritual dá testemunho de Deus e do bem.

A Ciência Cristã ensina que a matéria não tem substância, vida nem inteligência e que a única substância real é o Espírito, Deus. O Espírito nunca criou a matéria nem os sentidos físicos para validar a matéria, por isso, devemos olhar para o senso espiritual, que atesta o fato de que Deus é Tudo, com Sua bondade e perfeição. A desarmonia desaparece na esteira da compreensão espiritual, e a cura indica uma grande verdade: que a única realidade é espiritual.

Eu persisti em confiar no senso espiritual e ganhei terreno na compreensão da natureza da matéria — o que ela é e o que ela não é. Deixei de dar atenção às queixas do corpo e de observar a aparência física. Minhas pernas deixaram de me preocupar e cada vez que sentia vontade de coçar, eu afirmava minha saúde, completa e imperturbada pela desarmonia. Recusei-me a acreditar que minhas pernas estivessem com problemas; eu sabia que era apenas uma sugestão do pensamento, não uma condição do corpo. Frequentemente me lembrava do que diz Ciência e Saúde: “Tudo o que realmente existe é a Mente divina e sua ideia, e se constata que, nessa Mente, o inteiro existir é harmonioso e eterno” (p. 151).

A percepção espiritual tornou-se minha base para compreender a realidade, a supremacia de Deus e a perfeição do homem como criação de Deus. À medida que aprendia mais a respeito do poder e da onipresença de Deus, meu medo se acalmava. Foi então que certo dia, percebi que o problema havia desaparecido. A necessidade de coçar desapareceu e nunca mais voltou.

O senso espiritual havia me revelado a perfeição imutável do universo de Deus. Não importava quão agressivos fossem os sintomas físicos, eu sabia que eram ilusórios e que minha verdadeira identidade espiritual estava intacta e intocada. A compreensão sobre minha identidade como o reflexo perfeito do Espírito, Deus, corrigiu a crença de que eu vivia em um corpo material com defeito, e o resultado foi a cura.

Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy aponta o caminho para a saúde e a harmonia a partir do discernimento espiritual. Ela escreve: “A metafísica explica que as coisas são pensamentos e substitui os objetos dos sentidos pelas ideias da Alma” (p. 269). A cura, como descobri com muita alegria, é o resultado natural de deixarmos de dar atenção à matéria e exercermos nossa natural espiritualidade.

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