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Original para a Internet

A importância de estarmos despertos e atentos ao amor de Deus

Da edição de outubro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 20 de julho de 2020.


Há alguns anos, quando trabalhava como salva-vidas, meus colegas de trabalho e eu fomos treinados a escrutinar minuciosamente toda a praia e o mar, até a linha do horizonte, em busca de qualquer movimento que se destacasse como atípico. Em vez de prestar atenção somente às pessoas, devíamos observar todo o panorama em busca de algo inesperado ou fora do comum. Fazer isso exigia percepção aguçada e atenção concentrada em cada momento e a cada instante. Recebíamos muito treinamento para não nos concentrarmos apenas em alguma parte específica do cenário, mas, em vez disso, devíamos ter uma visão mais ampliada. Vigiar o meio ambiente dessa forma nos permitia detectar prontamente se algum aspecto estivesse fora da normalidade, para poder agir com rapidez no caso de qualquer problema inesperado, e manter assim a segurança de todos.

Podemos fazer uma comparação dessa forma de estar alerta e a vigilância espiritual. Quanto mais mantivermos o olhar focado na verdade e na realidade de Deus, mais alertas estaremos para detectar aberrações no pensamento, que poderiam nos influenciar pelo medo ou pela negatividade. Assim, podemos reagir imediatamente com a consciência da presença do bem infinito, Deus, e vivenciar a cura.

Durante as recentes determinações dos governos para que permaneçamos em casa, enquanto durar a pandemia, e a avalanche de coletivas de imprensa, gráficos de curvas de atuação da pandemia e das previsões econômicas, deparei-me com momentos que requeriam essa visão mais ampla da presença divina infinita. Os esforços altruístas e corajosos dos socorristas e o reconhecimento público do trabalho que executam são expressões do bem, que contrastam fortemente com a influência nociva da incerteza que frequentemente domina o pensamento público. 

No entanto, para estar alerta precisamos estar despertos, e despertar o pensamento para ver a realidade do amor que Deus tem por Sua criação. Temos de começar por uma plena compreensão da natureza de Deus. A Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, dá início ao capítulo “A oração”, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, com esta frase: “A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus — uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor isento de ego” (p. 1). A oração que nos desperta para uma perspectiva mais ampla a respeito de Deus, o bem, está fundamentada em uma busca, isenta de ego, pela verdade, como também em uma compreensão do amor que Deus tem por todos. Esse amor beneficia não apenas a nós ou a uma pessoa que esteja passando por um momento difícil — por mais importante que seja cada caso — mas também chega ao nosso próximo, à nossa comunidade e ao mundo.

O propósito da oração na Ciência Cristã é o de despertar a consciência humana para essa visão mais ampla da realidade onipotente e onipresente de Deus e de Seu amor, e de mantê-la focada nessa visão. A oração faz com que Deus seja conhecido por nós como o bem, que é tangível e infinito. Ao aprender mais sobre a realidade de Deus como o bem divino ficamos capacitados para rejeitar tudo que seja dessemelhante de Deus. Quando reconhecemos com essa sabedoria os problemas individuais e os da sociedade, compreendemos que, em última análise, eles não têm realidade nem poder. Essa forma de pensar nos ajuda no trabalho de cura, para nós mesmos e para o mundo. À medida que conhecemos melhor a natureza de Deus, conseguimos não nos desviar do nosso objetivo. Quando permanecemos espiritualmente despertos e atentos ao amor de Deus, não nos deixamos facilmente mesmerizar pela incerteza do momento. E Deus, por meio da atividade do Cristo — a divina mensagem de amor que vem à consciência humana — compele o pensamento a ceder ao bem divino.

Levando em conta que o homem espiritual, criado por Deus, inclui todos os atributos de Deus — tais como: afeto, generosidade e desapego ao ego, sem esquecer a atenção, a consciência e a vitalidade — o estado de alerta para o bem é o estado natural do nosso existir. A oração que afirma mentalmente o relacionamento inquebrantável entre Deus e o homem nos permite ajudar a resolver problemas individuais e mundiais.

Qualquer coisa contrária ao bem que nos é dado por Deus deveria claramente ser vista como algo que se desvia da realidade da Vida, Deus. A Sra. Eddy explica: “Se o bem e a espiritualidade são reais, então o mal e a materialidade são irreais e não podem ser o resultado de um Deus infinito, o bem” (Ciência e Saúde, p. 277).

Esse bem é um poder todoabrangente, que não está sujeito a nenhuma oposição, e nos capacita a tomar posição, para então testemunhar o amor de Deus, anulando o mal na consciência humana e na experiência das pessoas. Desejar e querer, por serem sentimentos humanos, não são o mesmo que a compreensão espiritual, que elimina o medo e faz com que o pensamento esteja em linha com a harmonia e a paz espirituais, sempre disponíveis.

A oração fundamentada no raciocínio espiritual não ignora as dificuldades nem finge que tudo está bem, quando parece exatamente o contrário. Seu fundamento é o que Cristo Jesus ensinou. A consciência espiritual elevada de Jesus permanecia alerta e atenta ao amor, ao bem e ao poder de Deus, mesmo em meio à doença e ao sofrimento que pareciam rodeá-lo. Compreender a eterna presença de Deus exige que deixemos a ideia-Cristo tornar-se tão real e presente para nós, como era para Jesus. À medida que isso acontece, a doença e o sofrimento cedem à saúde e à harmonia.

Tal como o salva-vidas examina minuciosamente a linha do horizonte, pronto a atender a qualquer necessidade, podemos examinar a paisagem global e estar prontos e preparados para responder com a oração. Quando assim fazemos, o Cristo nos inspira e nos compele a estar atentos para rejeitar a visão mortal limitada e imperfeita, que nega o bem de Deus. Essa vigilância trará cura à nossa vida e à vida das outras pessoas. O bem e o amor de Deus serão tudo o que existe e que se pode ver.

“Muitos dormem enquanto deveriam manter-se despertos a fim de despertar o mundo. Os atores da terra mudam as cenas da terra; e a cortina da vida humana deve ser aberta para deixar que se veja a realidade, que se veja aquilo que supera o tempo; que se veja o dever cumprido e a vida aperfeiçoada, onde a alegria é real e jamais se desvanece” (Mary Baker Eddy, Message to The Mother Church for 1902 [Mensagem À Igreja Mãe para 1902], p. 17).

Larissa Snorek
Redatora-Adjunta

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