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Original para a Internet

Você pode acreditar que eu praticava bullying?

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 10 de outubro de 2022


Durante o 2º e 3º anos do ensino médio, eu era bastante cruel com alguns dos meus colegas de turma, especialmente com umas meninas que antes eram minhas amigas. Falava mal delas para outras pessoas, tratava-as com grosseria na frente dos outros, e até as manipulava. Eu sabia que o que estava fazendo era errado, mas isso não me detinha. Gostava de como o meu comportamento me fazia sentir: legal, poderosa, até única — como se o fato de ser uma garota malvada me desse um senso de identidade.

Nessa época, comecei a desenvolver um relacionamento muito bom com minha mãe. Quando eu era mais nova, não nos entendíamos muito bem; mas nos tornamos mais chegadas quando eu estava no ensino médio, e nossa relação significava muito para mim.

Infelizmente, meu comportamento desagradável na escola começou a afetar minha mãe. Quando ela oferecia serviços voluntários nas escolas das minhas irmãs ou nos meus eventos esportivos, alguns responsáveis de outras crianças não falavam com ela, porque sabiam que eu estava maltratando seus filhos ou os amigos deles, e então não queriam ficar perto de minha mãe.

Para minha surpresa, quando percebi que minhas atitudes estavam colocando minha mãe em uma posição tão difícil, parei de praticar bullying quase imediatamente. Essa decisão, na verdade, pareceu bem natural. Eu não queria mesmo que minha mãe tivesse essas experiências ruins, principalmente quando eram por culpa minha. Esse desejo de mudar meu comportamento, por amor a minha mãe, me despertou para interagir com os meus colegas de uma forma mais gentil.

Mas ainda era difícil dar um fim ao impulso de me comportar maldosamente. De certa forma, eu achava que estava aceitando uma derrota — era como se as outras garotas tivessem vencido, porque eu não fazia mais bullying com elas. Também me foi difícil abandonar a identidade de “garota malvada do ensino médio”. Comecei a sentir como se tivesse perdido algo valioso, mesmo sabendo que não era esse o caso, já que fazer bullying nunca é certo, e nunca me trouxe felicidade nem paz verdadeiras.

Ao buscar orientação, recorri à oração, como geralmente faço, como Cientista Cristã. Para mim, o aspecto mais importante da oração é ouvir a Deus para ter inspiração espiritual e prática. Uma ideia que me veio ao pensamento, ao orar, foi a de um dos meus hinos favoritos do Hinário da Ciência Cristã. Um dos versos diz: “Deus nunca fez imperfeição ao modelar o ser” (Mary Alice Dayton, nº. 51, trad. © CSBD).

Foi reconfortante perceber que Deus já tinha me feito perfeita. Eu não precisava mudar minha identidade, ou inventar uma nova. Seria impossível! O que eu precisava era pensar sobre mim mesma, mais como Deus pensa a meu respeito — como gentil, cuidadosa e satisfeita.

Eu era bem especial, inigualável. Esta declaração de Mary Baker Eddy, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, me tranquilizou: “Esse senso científico do existir, que abandona a matéria pelo Espírito, não sugere de modo algum a absorção do homem na Deidade nem a perda de sua identidade, mas proporciona ao homem uma individualidade mais ampla, uma esfera mais extensa de pensamento e de ação, um amor de maior alcance, uma paz mais elevada e mais permanente” (p. 265).

Eu havia adotado o papel da famosa “garota malvada do ensino médio”, o que me fazia sentir como especial e inigualável; mas comecei a perceber que ver a mim mesma como filha de Deus era de fato o caminho para vivenciar o senso de ser verdadeiramente única. A razão para isso é que Deus é a fonte de todas as boas qualidades, a fonte da individualidade. E eu encontraria outras maneiras de expressar essas qualidades, ao compreender minha natureza boa, e deixar que Deus dirigisse minhas atividades.

Quando comecei o último ano do ensino médio, passei a me identificar cada vez mais com essas ideias. Constatei que conseguia fazer bons amigos, e até retomei uma amizade antiga, do segundo ano. E estabeleci, mais tarde, amizades significativas na faculdade, e depois também. E minha mãe e eu ainda somos muito chegadas.

Não posso dizer que nunca mais tenha desejado ser malvada. Mas essa experiência me ajudou a entender que o ódio e a vingança não fazem realmente parte de mim e não me ajudam a expressar minha individualidade, cuja fonte é Deus. Sou grata à Ciência Cristã por ter me ajudado a seguir aprendendo mais sobre minha natureza real e espiritual, e como expressá-la.

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